sábado, 27 de fevereiro de 2010

Para Aécio: "Arruda é um belissímo exemplo disso (experiência administrativa)"

O vídeo abaixo foi um encontro em Minas Gerais, em 2009, para discutir o cenário nacional, as candidaturas presidenciais pelo PSDB e DEM. Para esse encontro as principais figuras dos dois partidos estiveram presentes. Pelo DEM, seu presidente, Rodrigo Maia, a líderança no Senado, Agripino Maia e seu ex-único governador Arruda sendo recepcionado pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Um encontro segundo Aécio: "sacrimentando, revitalizando a parceria".

Nesse vídeo produzido pelo Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, Aécio Neves, afirma que as eleições de 2010 precisam ser de uma disputa política entre projetos. A oposição apresentaria uma alternativa de mudança de métodos e de uma melhor qualidade administrativa, para isso o PSDB-DEM iria apresentar suas melhores experiênicas administrativas. Para Aécio o governo Arruda e sua experiência administrativa de sucesso seria um "Belíssimo exemplo disso".

Veja o vídeo do ITV-TV:

Serra com Arruda: "Vote num careca e ganhe dois"

O governador de São Paulo e o principal nome da oposição brasileira (PSDB-DEM-PPS) a candidatura presidencial, José Serra, esteve junto com Arruda por diversas vezes. Inclusive, Arruda é do DEM, mesmo que Kassab, o vice de Serra na prefeitura. Principal aliado histórico do PSDB.
Num desses encontros, José Serra estava muita a vontade e apontou uma possível chapa presidencial Serra presidente e Arruda Vice. Jose Serrá até criou o slogan: "Vote num Careca e Ganhe Dois".

Veja Serra com Arruda e sua possível dobradinha:

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Coordenação dos Movimentos Sociais começa a mobilização rumo ao 31 de Maio (Assembléia Nac. dos Mov. Sociais)

reunião no SINDPETRO
Reunião da CMS constrói agenda de ações para o primeiro semestre

A direção operativa da CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) realizou nesta sexta-feira (26) uma reunião para definir as ações do primeiro semestre e dar continuidade aos encaminhamentos tirados no Fórum Social Mundial, entre eles, a realização da Assembléia Nacional dos Movimentos Sociais marcada para o dia 31 de maio, em São Paulo.

Para o dirigente representante da CUT na CMS, Antonio Carlos Spis, “a Assembleia Nacional será um importante espaço de ampliação e fortalecimento dos debates e da pauta democrática”.

Durante o FSM, em Porto Alegre e em Salvador, as entidades elaboraram e aprovaram um documento intitulado Carta dos Movimentos Sociais que servirá de base para a Assembléia Nacional dos Movimentos de 31 de maio. O documento reafirma o compromisso com a luta por justiça social, soberania, pela integração solidária da América Latina e de todos os povos do mundo, pelo fortalecimento do multilateralismo, contra o Imperialismo e contra todas as formas de opressão. Ficou decidido no encontro de hoje que pontos importantes como as questões polêmicas do III Plano de Direitos Humanos, trabalho infantil, entre outros temas serão inseridos em um novo documento a ser produzido e que será colocado em pauta para discussão e aprovação em Plenárias Estaduais da CMS, que deverão ser convocadas até o dia 18 de abril.

O calendário de 2010 conta também com a realização da 8ª Plenária Nacional da CMS no dia 24 de abril, em local a ser definido, com o objetivo discutir e organizar a atividade de 31 de maio. Além disso, o encontro deverá sistematizar as propostas e proposições tiradas nos encontros estaduais.

Para a organização da Assembleia Nacional foi composto um GT de estrutura com as três centrais componentes da CMS (CUT, CTB, CGTB), UNE, UNEGRO, CMP, MST, Marcha das Mulheres.

II Conferência Estadual de ECOSOL/SP: um processo coletivo de convocação e organização


A II Conferência Estadual de ECOSOL/SP esta sendo construída através de um processo coletivo de reflexão, organização e de mobilização. A composição da Comissão Organizadora foi aprovada e discutida a partir de reuniões com o Fórum Paulista de ECOSOL e com a SRTE/SP.

A composição da Comissão Organizadora buscou ter um caráter plural do conjunto das forças políticas e sociais que constroem o movimento de economia solidária.

Representantes do Poder Público:
a) 01 (um) representante da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo (SRTE/SP);
b) 02 (dois) representantes da Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária (um da região da metropolitana e outro do interior – região do município sede);
c) 01 (um) representante da Frente Parlamentar de Economia Solidária do Estado de São Paulo.
Representantes dos Empreendimentos Econômicos Solidários:
a) 01 (um) representante da Cooperativa de Doces e Salgados Amor Perfeito;
b) 01 (um) representante da UNISOL Brasil;
c) 01 (um) representante do Projeto Caminhos/ Grife Criolê;
d) 01 (um) representante da MCG Eventos.
Representantes das Organizações da Sociedade Civil:
a) 01 (um) representante do Instituto Kairós;
b) 01 (um) representante da Rede Interuniversitária de Estudos e Pesquisa sobre Trabalho – UNITRABALHO;
c) 01 (um) representante da Associação Nacional dos Trabalhadores e Empresas de Autogestão – ANTEAG
d) 01 (um) representante do Núcleo de Economia Solidária da Universidade de São Paulo.

A partir desse processo vivo de discussões, a Comissão Organizadora e o Fórum Paulista de ECOSOL definiram que no Estado de São Paulo ocorreram 09 (nove) Conferências Regionais.

Regiões:
São José do Rio Preto, Andradina e Araçatuba
São Carlos, Ribeirão Preto, Araraquara e Franca
Capital, Baixada Santista, Guarulhos, Vale do Paraíba e Litoral Norte
Osasco e Região/ Fórum Metropolitano Oeste
Grande ABC
Campinas e Região
Bauru e Alto Ribeira
Assis e Pontal do Paranapanema
Vale do Ribeira

A II Conferência Estadual de Economia Solidária do Estado de São Paulo busca fazer um amplo processo de mobilização e discussão com o conjunto de atores sociais que em seu dia a dia fazem da Economia Solidária um singular movimento social, que faz das diferenças de seus atores, a potencialidade criativa que a desenvolve e fortalece.

Para tal, a economia solidária organizada através do Fórum Paulista de ECOSOL buscará construir um amplo processo de mobilização para a Conferência Estadual, tendo como meta 620 delegados e delegadas.

Durante a II Conferência além da mobilização dos atores da economia solidária se buscará uma interlocução privilegiada com representantes de diversos movimentos sociais, aprofundando as relações construídas durante o I Fórum e I Feira Mundial de Economia Solidária/ FSM 10 Anos. Para tal, a Mesa de Abertura será composta com representações de vários movimentos sociais e representantes de organizações de populações tradicionais, que terão como idéia provocadora a contribuição desses movimentos e populações com as pautas da economia solidária.

Outro momento importante dos debates durante a II Conferência será a mesa: Compromisso com as Políticas Públicas de Economia Solidária onde gestores públicos irão apresentar os avanços e desafios das mesmas no país e no Estado de São Paulo. Além de um compromisso com os delegados e delegadas presentes com o aprofundamento dessas políticas e a busca em consolidar a ECOSOL como uma política de Estado no Brasil.

A II Conferência Estadual de ECOSOL do Estado de São Paulo será realizada nos dias 23, 24 e 25 de abril na cidade de Campinas. A escolha da cidade também foi alvo de discussões e aprovação durante reunião do Fórum Paulista de ECOSOL. Após, a aprovação no Fórum Paulista houve um compromisso do Secretário de Trabalho da cidade de Campinas, Sebastião Arcanjo, com a realização na cidade.

Serra não convocou a II Conferência Estadual de Economia Solidária em São Paulo

A Secretária Nacional de ECOSOL (SENAES/MTE) enviou oficio ao governo do Estado acerca da realização da II Conferência, bem como, o Fórum Paulista de ECOSOL e a Comissão Organizadora protocolaram oficio no Governo do Estado de São Paulo solicitando a realização da mesma no Estado.

No entanto, aqui no Estado de São Paulo até a data contida na convocação (10 de fevereiro) não houve manifestação do Governo Serra, mostrando sua falta de compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras que de forma associativa e autogestionária organizam seus empreendimentos econômicos.

Fato esse que não causou nenhuma surpresa nos diversos atores que constroem a Economia Solidária no Estado de São Paulo, já que durante sua breve passagem na prefeitura de São Paulo operou o desmonte das políticas públicas de ECOSOL. E agora, enquanto Governador do Estado de São Paulo não desenvolveu uma política sequer para apoiar e fomentar os empreendimentos econômicos solidários.

Diante da omissão do Governo do Estado de São Paulo, a Comissão Organizadora contou com o apoio e disposição da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego que convocou a mesma.

Leonardo Pinho, do Fórum Paulista de ECOSOL e da Comissão Organizadora da II Conferência Estadual de ECOSOL

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O significado do trabalho é tema da Programação do Videoclube do Conselho Regional de Psicologia - SP


Comentário: O CRP-SP realizará 07 exposições de vídeos em seu VideoClube, de março a setembro, debatendo o significado do trabalho na sociedade. Estarei no dia 16 de julho de 2010 debatendo após o vídeo Segunda-Feira ao Sol. No momento de realização da Campanha da Fraternidade esse temática no cineclube do CRP-SP só vem a se somar com a reflexão que amplos setores da sociedade vem realizando acerca do sentido do trabalho e a necessidade do mesmo se organizar sobre um novo paradigma. Um trabalho como potência, como Afecto. Um trabalho associado e autogerido, que em vez de adoecer, traz saúde e vida.
A primeira programação dia 12 de março será do filme premiado Dá para Fazer (Si Puo Fare) que trata sobre as cooperativas sociais na Itália. Um importante instrumento para debater a necessidade de se alterar as Leis das Cooperativas Sociais no Brasil, para realmente servir para a organização econômica de amplos setores em situação de vulnerabilidade. Como afirma o filme se tivermos uma Lei eficiente de Cooperativas Sociais - Dá para Fazer.

Os filmes escolhidos para o ciclo de debates promovidos pelo CRP SP para o primeiro semestre de 2010 elegem a condição de trabalho como paradigma para o diálogo com diversas questões sociais.

O papel central que o trabalho adquire em nossas vidas será o fio condutor dos filmes exibidos e suscitará debates em torno das questões de gênero, inclusão, saúde e educação, além de denunciar as situações de precarização, competitividade e padronização da subjetividade que caracterizam os modelos produtivos na sociedade capitalista.

Entrada gratuita
Local: Auditório do CRP SP
Horário: 19h
Lotação: 110 lugares
Importante: sua reserva será garantida até
às 18h30 nos dias de exibição.

Inscrições antecipadas
www.crpsp.org.br/videoclube
Informações
Departamento de Eventos do CRP SP
Tel.: (11) 3061-9494, ramais 111, 137, 151 e 317
E-mail: eventos03@crpsp.org.br

Página do CRP-SP: http://www.crpsp.org.br/crp/

Oficina Sistema Participativo de Garantia do Estado de São Paulo


Oficina Sistema Participativo de Garantia do Estado de São Paulo

Inscrições:

23 de fevereiro a 22 de março de 2010

enviar email para: leo_pinho79@yahoo.com.br
com os seguintes dados: Nome/ Empreendimento ou Entidade/ Contatos (telefone e email)/ Participa de fórum, redes ou atividades de ecosol. Quais?

dia da Oficina: 10 de abril em Campinas

Público: trabalhadores da economia solidária (empreendimentos ou entidades de apoio e fomento) e do comércio justo que queiram ser multiplicadores do Sistema Participativo de Garantia do Estado de São Paulo e do Comércio justo e solidário (CJS)

Conteúdo: Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário/ princípios e critérios do CJS/ Selo de processo e Selo de Produto/ O que é um Sistema Participativo de Garantia (SPG)/ Metodologia e organização do SPG-SP.

Vagas: 30

Critérios de escolha:

1. Diversidade de representação territorial;

2. Participação em Fóruns, Redes e Atividades de economia solidária;

3. Característica de ser Multiplicador (capaz de passar os conhecimentos construídos na Oficina para outros empreendimentos e entidades)

Metodologia:

A metodologia utilizada buscará desenvolver multiplicadores do SPG - SP, selo nacional de ECOSOL e dos princípios e critérios do CJS. Baseado num processo dialógico entre os educadores e os participantes da oficina.

Realização: Comissão de Produção, Comercialização e Consumo (PCCS) - Fórum Paulista de ECOSOL

Apoio: CFES - SP; Programa Nacional de Comercialização Solidária e Núcleo de Assistência Técnica em Economia Solidária (NEATES-SP)

II Revista da SETRE - Bahia dá destaque a Economia Solidária


A Economia Solidária é destaque na II Revista da SETRE (Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda) do Governo da Bahia. São quatro páginas que apresentam o fortalecimento aos empreendimentos econômicos solidários realizados pelo Centro Público de ECOSOL da Bahia (CESOL).

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

AGORA É LEI! MARCO LEGAL DA ECOSOL É APROVADO EM FORTALEZA

A lei foi construída com ampla participação popular através de reuniões, debates e seminários com a Rede de Socioeconomia Solidária e outros movimentos organizados na cidade que discutem e exercem atividades cooperativas.
Agora é lei.
O marco legal da economia solidária proposto pelo vereador Ronivaldo Maia foi promulgado pelo prefeito em exercício de Fortaleza, Tin Gomes, no dia 05 de fevereiro.A lei foi construída com ampla participação popular através de reuniões, debates e seminários com a Rede de Socioeconomia Solidária e outros movimentos organizados na cidade que discutem e exercem atividades cooperativas.
O projeto contempla reivindicações históricas do movimento social como a possibilidade de empreendimentos de economia solidária participarem das licitações públicas. O marco legal traz também orientações para a política de economia solidária já desenvolvida pelo Município através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, além de apresentar um formato de Conselho Municipal já pactuado entre poder público e sociedade civil.

Congresso Nacional do PT lança pré candidatura de Dilma Presidente


Com o auditório lotado e com grande animação da militância, Dilma foi de forma consensual lançada como pré-candidata a Presidência da República.

Segundo Lula, “o maior preconceito contra Dilma não é pelos defeitos, mas pelas qualidades”, citando como primeira qualidade o fato de “ser mulher”. Lula também destacou a capacidade de gestão e gerencial, afirmando que ela continuará e aprofundará as conquistas sociais iniciadas em seu mandato.

Em sua fala Dilma emocionou a platéia quando fez referência aos companheiros mortos pela ditadura, dizendo que o exemplo deles - Carlos Alberto Soares de Freitas, Maria Auxiliadora Barcelos e Iara Iavelberg – lhe dá forças para aceitar o compromisso de concorrer às eleições presidenciais. Destacou também o apoio do Presidente Lula e do PT, que, segundo ela, “mudou quando foi preciso, mas nunca mudou de lado.”

Um outro momento importante foi quando Dilma afirmou: "Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes defendendo seus direitos e interesses. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e os velhos senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a se constituir uma nova e verdadeira opinião pública."

Durante o Congresso Nacional do PT que lançou Dilma o Setorial Nacional de ECOSOL fez uma mostra de produtos e serviços da economia solidária e também distribuiu adesivos, dando início as atividades so Setorial que buscam apontar a ECOSOL como um ponto importante na estratégia de desenvolvimento a ser apresentada por Dilma.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 fortalece a Economia Solidária como alternativa


Comentário: A crise estrutural do capitalismo, demonstrada no esgotamento do ciclo longo de acumulação aberta no fim dos anos 70 produziu uma sobreposição de crises. O mundo vem assistindo as crises: ambiental, social, econômica, alimentar, financeira, e porque não dizer civilizatório, já que a quebra dos antigos paradigmas se tornou urgente e um novo mundo necessário. Abrindo uma período de disputa para a construção de novos modelos de desenvolvimento, de rumos para o mundo.


A Economia Solidária vem se fortalecendo e se apresentando como uma alternativa, capaz de produzir um desenvolvimento, que seja sustentável, justo e solidário. A realização do I Fórum Social e I Feira Mundial - FSM 10 Anos com mais de 100 mil participantes e presença de todos os continentes mostra o potencial criativo e de mobilização dos militantes desse novo movimento social.

A campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 com o título de Economia e Vida traz para o debate com o conjunto da sociedade a necessidade de termos uma alternativa ao modelo de desenvolvimento capitalista, que gera muito lucro, concentração de capital, para poucos enquanto milhões resta a fome e a desesperança. A Economia Solidária é apresentada na Campanha como uma alternativa. Uma alternativa que com milhares de empreendimentos por todo país mostram que é possível, necessário e Já Acontece uma Outra Economia.

Leia também: Carta Encíclica "CARITAS IN VERITATE" do Papa Benedicto XVI, escrita no auge da crise.

Assista o Spot da Campanha da Fraternidade - Economia e Vida (clique aqui)

Leia a Cartilha elaborada pelo Fórum Brasileiro de ECOSOL para a Campanha, publicado pelo CONIC.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

SENAES/MTE esta na Comissão Organizadora IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial

Marcha dos Usuários em Brasília reivindica uma nova lei de cooperativas sociais


Comentário: A SENAES/MTE esta na composição da Comissão Organizadora da IV Conferência Nacional de Saúde Mental - Intersetorial. Fortalecendo os laços entre a economia solidária e a saúde mental.

A IV Conferência tem um diferencial bem importante das outras Conferências de Saúde Mental ela será intersetorial, sendo 30% de seus delegados compostos por áreas que dialogam com a saúde mental: ecosol, justiça, educação, esporte, cultura, assistência social e direitos humanos. Mostrando que a Reforma Psiquiátrica brasileira tida como exemplo pela OMS (Organização Mundial de Saúde) vem se fortalecendo e promovendo um processo vivo de inserção social e comunitária em todo o país.

Para a economia solidária a presença da SENAES/MTE e a possibilidade de delegados na IV Conferência é mais um passo na construção de uma nova sociedade com solidariedade e diversidade. Nesse sentido, as reivindicações apresentadas durante a Marcha dos Usuários ao Prof. Paul Singer terão mais um espaço de amadurecimento e de construção coletiva de uma política pública de inserção no trabalho dos usuários da saúde mental.



Conheça o Regimento da IV Conferência

Veja a composição da Comissão de Organização da IV Conferência

Propostas apresentadas ao Prof. Paul Singer durante a Marcha dos Usuários em Brasília

Conheça a Cartilha Saúde Mental e ECOSOL produzida pelo Ministério da Saúde e a SENAES/MTE (2005)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Economia Solidária na Carta dos Movimentos Sociais - FSM 10 Anos


Apresentação dos eixos na Assembléia Final - I Fórum Social ECOSOL - FSM 10 Anos

Comentário: No FSM 10 Anos, Porto Alegre e Bahia, foi aprovado a Carta dos Movimentos Sociais e convocam para o dia 31 de Maio, a Assembléia Nacional dos Movimentos Sociais com o objetivo de construir um novo projeto de desenvolvimento para o país. Um desenvolvimento pautada nas conquistas dos trabalhadores (as) brasileiras (os). Na Carta dos Movimentos Sociais as pautas da ECOSOL discutidas e acumulados durante o I Fórum Social de ECOSOL foram incorporadas. Mostrando mais um passo importante na expressão da Economia Solidária como parte orgânica dos movimentos sociais, organizados em torno da Coordenação dos Movimentos Sociais.

Todos e todas ao dia 31 de Maio! Por um Novo Projeto de Desenvolvimento Sustentável e Solidário


Matéria Carta Maior:
Assembléia dos Movimentos Sociais encerrou atividades do Fórum Social Temático da Bahia, definindo uma plataforma de bandeiras unitárias e um calendário de lutas para o ano de 2010. Em debate, a construção de um projeto de país a ser apresentado no bojo do debate eleitoral como forma de orientar a atuação dos movimentos em uma disputa política mais ampla. A idéia é fazer um grande mutirão de debates, envolvendo estados, municípios e segmentos sociais.
Bia Barbosa

Com o intuito de consolidar uma plataforma de bandeiras unitárias e um calendário de lutas para o ano de 2010, cerca de 300 militante, de 15 organizações nacionais, participaram da Assembléia dos Movimentos Sociais, no encerramento das atividades do Fórum Social Temático da Bahia, neste domingo (31), em Salvador. No centro do debate, a construção de um projeto de país, que será discutido e apresentado no bojo do debate eleitoral como forma de orientar a atuação dos movimentos na disputa política mais ampla.

Reconhecendo o FSM como um espaço importante para contagiar corações e mentes para a idéia de que é possível construir outro mundo, com justiça social e democracia, sem destruir o planeta e valorizando as culturas nacionais, a integração e a solidariedade entre os povos, os movimentos sociais apontaram, no documento resultante do encontro, os principais desafios para o próximo período."Essa crise abriu a possibilidade de se rediscutir o ordenamento mundial, os rumos da sociedade, o papel do Estado e um novo modelo de desenvolvimento. (...) Nosso continente, a América Latina, atrai os olhos de todo o planeta diante de sua onda transformadora.

Por outro lado, a hegemonia mundial ainda é capitalista e as elites não entregarão o continente que sempre foi tido como o quintal do imperialismo de mão beijada", analisam.Eles lembram que o povo estadunidense elegeu Barack Obama em um grande movimento de massas, mas mesmo com Obama o imperialismo continua sendo imperialismo. No Brasil, reconhecem os avanços do governo Lula, mas afirmam que as Reformas estruturais capazes de enraizar as conquistas democráticas não foram realizadas e a grave desigualdade social está longe de ser resolvida. "Por isso, devemos lutar pelo aprofundamento das conquistas nesse período de embate político que se aproxima", aponta a Assembléia.

Entre as bandeiras unitárias da plataforma estão a luta contra os monocultivos predatórios, os desmatamentos e o latifúndio e em defesa da biodiversidade e dos recursos naturais como forma de preservação do meio ambiente; o combate ao machismo, ao racismo e à homofobia; a defesa do Pré-sal 100% para o povo brasileiro; a luta contra o golpe de Estado em Honduras; a criminalização dos movimentos sociais e a solidariedade aos presos políticos do MST."A direita vai se aproveitar das eleições para justificar toda a repressão que faz contra os movimentos sociais. Precisamos estar unidos para este enfrentamento", avalia João Paulo Rodrigues, da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

A solidariedade ao povo haitiano, diante do recente desastre ocorrido em virtude de uma seqüência de terremotos, também está entre as prioridades dos movimentos para o primeiro semestre. Além da ajuda solicitada ao governo federal pela Via Campesina, o objetivo é angariar apoio a ser entregue diretamente aos movimentos populares do país. "O Haiti foi a única revolução de ex-escravos que saiu vitoriosa. Por isso o imperialismo não a aceita. Já construímos a Frente dos Movimentos em Solidariedade ao Haiti e seguiremos reivindicando a retirada das tropas brasileiras do país, transformação a ação do Brasil em ajuda humanitária", explica Milton Barbosa, do Movimento Negro Unificado (MNU).Um projeto soberano para o Brasil

A Assembléia dos Movimentos Sociais em Salvador aprovou ainda a construção de um projeto de desenvolvimento soberano, democrático e com distribuição de renda para o Brasil a ser apresentado pelos movimentos no bojo do processo de debate eleitoral deste ano. A idéia é fazer um grande mutirão de debates, envolvendo estados, municípios e segmentos sociais"Não será um programa de governo, e sim uma plataforma dos movimentos sociais para uma disputa mais ampla, para que os movimentos influenciem nos rumos do nosso país", explica Rosane Silva, da Central Única dos Trabalhadores. "A Assembléia dos Movimentos Sociais foi importante para marcar a unidade dos movimentos neste ano eleitoral e enfrentar o debate para disputar hegemonia na sociedade", diz.Já há consenso em relação a alguns pontos deste projeto, como a questão da reforma agrária, da redução da jornada de trabalho, e da legalização do aborto. Outros aspectos seguem divergentes, como o debate sobre o modelo energético do país e a reestatização de empresas como a Vale.

O debate começa oficialmente no dia 31 de maio, em São Paulo, quando acontece uma Assembléia Nacional dos Movimentos Sociais. Antes disso, as organizações já sairão às ruas na Jornada de comemoração dos 100 anos do Dia Internacional da Mulher, no dia 8 de março, num calendário que seguirá em abril com a Jornada de mobilizações em defesa da Reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais; em maio com a celebração do Dia do Trabalhador; e em 1 de junho com a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora.Leia abaixo a íntegra da carta aprovada na Assembléia dos Movimentos Sociais em Salvador.

ASSEMBLÉIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Salvador, 31 de janeiro de 2010.
10 ANOS DO FSM - OUTRO MUNDO É POSSÍVEL E NECESSÁRIO

Nós, militantes de diversas organizações dos movimentos sociais reunidos no FSMT de Salvador, realizamos a Assembleia dos Movimentos Sociais com o intuito de consolidar uma plataforma de bandeiras unitárias e calendário de lutas.

O Fórum Social Mundial surgiu em 2001 como uma forma de resistência dos povos de todo o planeta contra a avalanche neoliberal dos anos 90. Dessa forma ganhou força e se tornou um grande pólo contra hegemônico ao capital financeiro. Ao longo desses 10 anos passou pelo Brasil, Venezuela, Índia e Quênia, e outros países, levando a esperança de um mundo novo.Foi dessa maneira que o FSM conseguiu contagiar corações e mentes para a ideia de que é sim possível construir outro mundo com justiça social, democracia, sem destruir o planeta e valorizando as culturas nacionais. O FSM foi fundamental para a construção de uma nova conjuntura que valorize a integração e a solidariedade entre os povos. E é assim que partiremos para novas lutas e para construir o próximo Fórum Social Mundial em Dakar em janeiro de 2011.Com o declínio do neoliberalismo e a crise do capitalismo os valores representados por esse sistema passam a ser questionados pela sociedade. Assim, o capitalismo predatório que destrói o meio ambiente causando graves desequilíbrios climáticos, que desrespeita os povos de todo o mundo e suas soberanias, que explora o trabalhador e desestrutura o mundo do trabalho, que exclui o jovem, discrimina o homossexual, oprime a mulher, marginaliza o negro, mercantiliza a cultura é agora visto com ressalvas.A crise financeira mundial é uma crise do sistema capitalista.

Ela expôs as contradições intrínsecas a esse modelo e quebrou as certezas e a hegemonia do mercado como um deus regulador das relações comercias e sociais. Essa crise abriu a possibilidade de se rediscutir o ordenamento mundial, os rumos da sociedade, o papel do Estado e um novo modelo de desenvolvimento. Porém, sabemos que esse momento pelo qual passamos é de profundas adversidades para a classe trabalhadora de todo o mundo em função das crises financeira e climática em curso. A consequência das crises é o aumento da desigualdade e por esse motivo reafirmamos o nosso desafio com as lutas e com a solidariedade de classe .Nosso continente, a América Latina, atrai os olhos de todo o planeta diante de sua onda transformadora . Por outro lado, a hegemonia mundial ainda é capitalista e as elites não entregarão o continente que sempre foi tido como o quintal do imperialismo de mão beijada. Não é à toa a promoção do golpe contra Chávez em 2002, em Honduras em 2009, a tentativa de golpe contra Lula em 2005 ou mesmo a desestabilização de Fernando Lugo que está em curso no Paraguai.

Ao mesmo tempo, as elites se utilizam e fortalecem novos instrumentos de dominação. Sua principal arma hoje é a grande mídia e os monopólios de comunicação. Esses organismos funcionam como verdadeiros porta-vozes das elites conservadoras e golpistas. Por isso ganham força os movimentos de cultura livre e as rádios e jornais comunitários que conseguem driblar o monopólio midiático.O povo estadunidense elegeu Barack Obama em um grande movimento de massas carregando consigo as esperanças de superar a era Bush. Entretanto, mesmo com Obama o imperialismo continua sendo imperialismo.

Os EUA crescem seu olho diante das grandes riquezas naturais do nosso continente, como a recente descoberta do Pré-sal. No mesmo momento em que os EUA reativam a quarta frota marítima também instalam mais bases militares na Colômbia e no Panamá , além de insistir no retrógrado bloqueio a Cuba.Atentos a esses movimentos do imperialismo, os movimentos sociais reunidos no Fórum Social Mundial Temático em Salvador reafirmam seu compromisso com a luta por justiça social, democracia, soberania, pela integração solidária da América Latina e de todos os povos do mundo, pelo fortalecimento da integração dos povos, pela autodeterminação dos povos e contra todas as formas de opressão.

No Brasil, muitos avanços foram conquistados pelo povo durante os 7 anos do Governo Lula. O Estado foi fortalecido alcançando maior ritmo de desenvolvimento, a distribuição de renda e o progresso social avançaram com a valorização do salário mínimo e políticas sociais como o Bolsa Família, a integração solidária do continente foi estimulada. Porém, muito mais há para ser feito.

As Reformas estruturais capazes de enraizar as conquistas democráticas não foram realizadas e a grave desigualdade social perpetrada por mais de 5 séculos em nosso pais está longe de ser resolvida. Por isso, devemos lutar pelo aprofundamento das conquistas nesse período de embate político que se aproxima.Reafirmamos a luta contra os monocultivos predatórios, os desmatamentos, o uso de agrotóxicos que gera a poluição dos rios e do ar. Seguiremos na luta contra o latifúndio e em defesa da biodiversidade e dos recursos naturais como forma de preservação do meio ambiente, dos ecossistemas, da fauna e flora integradas com o homem.

Nos unimos no combate ao machismo, ao racismo e à homofobia. Lutamos por uma sociedade justa e igualitária, livre de qualquer forma de opressão, onde as mulheres tenham seus direitos respeitados e não sofram abusos e violências, os negros não sofram preconceito e saiam da condição histórica de pobreza que lhes é reservada desde os tempos da escravidão, os homossexuais tenham acesso a direitos civis e não sofram discriminação.Sabemos que essas conquistas virão da luta do povo organizado. Por isso, convocamos todos os militantes a fazer um grande mutirão de debates envolvendo estados, municípios e segmentos sociais no intuito de construir um projeto de desenvolvimento soberano, democrático e com distribuição de renda para o Brasil. Só assim seremos capazes de aprofundar as mudanças que estamos construindo e derrotar a direita conservadora e reacionária do nosso país nas eleições que se avizinham.

Esse grito que expressa nosso anseio liberdade e mais direitos não poderia ser dado em lugar melhor. Estamos na Bahia, terra de todos os santos e de bravos lutadores, valorosos intelectuais e líricos poetas e artistas como a banda tambores das raças que abriu a Assembleia entoando versos que afirmam que:Zumbi não morreu, está presente entre nós. Palmares referência que sustenta nossa voz.Liberdade, igualdade, revolta dos buzios, levante malês, herança ancestral que alimenta a união é a força pra vencer!

De Salvador conclamamos o povo brasileiro a lutar por um Brasil livre, independente, democrático e justo socialmente.Para isso, o conjunto dos movimentos sociais brasileiros convoca a Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais para o dia 31 de maio em São Paulo e definem as seguintes bandeiras de luta:

SOBERANIA NACIONAL- Defesa do Pré-sal 100% para o povo brasileiro;- Pela retirada das bases estrangeiras da América Latina e Caribe;- Defesa da autodeterminação dos povos;- Pela retirada imediata das tropas dos EUA do Afeganistão e do Iraque;- Pela criação do Estado Palestino;- Contra os Golpes de Estado a exemplo de Honduras;- Contra a presença da 4ª Frota na América Latina;- Pela integração solidária da América Latina;- Contra a volta do neoliberalismo- Pelo fortalecimento do MERCOSUL, UNASUL e da ALBA;- Pela democratização e o fortalecimento das forças armadas;- Pela defesa da Amazônia e da nossa biodiversidade como patrimônio nacional.

DESENVOLVIMENTO- Por uma política nacional de desenvolvimento ambientalmente sustentável, que preserve o meio ambiente e a biodiversidade, e que resguarde a soberania sobre a Amazônia brasileira.- Por um Projeto popular de Desenvolvimento nacional com distribuição de renda e valorização do trabalho;- Pelo fortalecimento da indústria nacional;- Contra o latifúndio e os monocultivos que depredam o meio ambiente- Em defesa da Reforma Agrária.- Redução da jornada de trabalho sem redução de salários;- Por políticas Públicas para a Juventude;- Defesa de formas de organização econômica baseadas na cooperação, autogestão e culturas locais; - Pela alteração da Lei Geral do Cooperativismo e da conquista de um Sistema de Finanças Solidárias e Programa de Desenvolvimento da Economia Solidária (PRONADES), do Direito ao Trabalho Associado e Autogestionário, e de um Sistema de Comércio Justo e Solidário;- Por um desenvolvimento local sustentável.- Por Políticas Públicas de Igualdade Racial;

DEMOCRACIA- Contra os monopólios midiáticos e pela democratização dos meios de comunicação.- Contra a criminalização dos movimentos sociais;- Em defesa da Cultura livre- Pela ampliação da participação do povo nas decisões através de plebiscitos e referendum;- Contra o golpe em Honduras;- Contra a desestabilização dos governos democráticos e populares da América Latina;- Pelo fim das patentes de remédios- Contra a intolerância religiosa, em defesa do Estado laico.

MAIS DIREITOS AO POVO- Educação pública, gratuita e de qualidade para todos e todas, com a universalização do acesso, promoção da qualidade e incentivo à permanência, seja na educação infantil, no ensino fundamental, médio e superior. Por uma campanha efetiva de erradicação do analfabetismo. Adoção de medidas que democratizem o acesso ao ensino superior público;- Defesa da saúde pública garantindo acesso da população a atendimento de qualidade. Tratamento preventivo às doenças, atendimento digno às pessoas nas instituições públicas;- Pela garantia e ampliação dos direitos sexuais reprodutivos;- Contra a exploração sexual das mulheres;- Pelo fim do fator previdenciário e por reajuste digno para os aposentados.

SOLIDARIEDADE- Solidariedade ao povo haitiano diante do recente desastre ocorrido em virtude de uma seqüência de terremotos.- Solidariedade ao povo cubano – pela liberdade dos 5 prisioneiros políticos do Império.- Solidariedade aos povos oprimidos do mundo.- Solidariedade aos presos políticos do MST

CALENDÁRIO

08-18 Março – Jornada de comemoração dos 100 anos do Dia Internacional da Mulher

Março – Jornada de lutas em defesa da educação - UNE e UBES

Abril– Jornada de mobilizações em defesa da Reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais

01 de Maio – Dia do Trabalhador

31 de Maio – Assembléia Nacional dos Movimentos Sociais

1 de junho – Conferência Nacional da Classe Trabalhadora

Setembro – Plebiscito pelo limite máximo da propriedade

Senado Federal aprovou o PL das Cooperativas de Trabalho

Comentário: No fim do ano de 2009 o Senado Federal aprovou o PL das Cooperativas de Trabalho e a mesma agora vai a Câmara Federal. O Projeto de Lei n. 131/2008 (anteriormente número 7.009 - apenso ao PL 4622, na Câmara dos Deputados).

O presente projeto esta sendo construido coletivamente desde 2004, quando foi criado uma Comissão voltado a discutir e propor um anteprojeto. Antes da aprovação pelo Senado Federal a Secretaria Nacional de Economia Solidária promoveu reunião com as seguintes representações do governo e da sociedade civil: Casa Civil da Presidência da República; do MTE; do Gabinete e da Consultoria Legislativa do Senado Federal; da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES); da União e Solidariedade das Cooperativas e Empreendimentos de Economia Solidária (UNISOL); da Central Solidária de Cooperativas de Trabalho e Serviços de São Paulo (COOTRAESP); e da Central de Cooperativas de Trabalho e Serviços (CENTRALCOOP).

A aprovação dessa Lei vai possibiltar o fortalecimento das cooperativas de trabalho, pois irá combinar o combate as cooperativas-de-fachada e as gato-cooperativas, que apenas eram instrumento de intermediação de mão-de-obra e flexibilização de direitos trabalhistas, com a criação de condições legais para o fortalecimento de um novo desenvolvimento, surgido pela autoorganização dos trabalhadores (as) brasileiros, organizados na Economia Solidária. Um passo importante para o reconhecimento do trabalho associativo, cooperativo e autogerido.

A aprovação da Câmara Federal e a sanção por parte do Governo Federal são os últimos passos para que o Cooperativismo de Trabalho se fortaleça e seja indultor de um novo modelo de desenvolvimento sustentável e solidário.

Em véspera, da II Conferência Nacional de ECOSOL é importante acompanharmos o debate sobre o PL das Cooperativas de Trabalho e utilizarmos as Conferências Municipais e Regionais para pressionarmos pela sua aprovação.

Informes sobre o PL das Cooperativas de Trabalho:

a) Notícia sobre a aprovação do Senado do PL de Cooperativas de Trabalho escrita pelo Dr. Marcelo Mauad (Assessor Jurídico Unisol-Brasil)
b) Parecer Favorável Senado Federal;
c) Sumário de Tramitação no Senado Federal.

Etnodesenvolvimento se Fortalece no País



“O Etnodesenvolvimento significa que uma etnia, autóctone, tribal ou outra mantém o controle sobre suas próprias terras, seus recursos, sua organização social e sua cultura, e é livre para negociar com o Estado o estabelecimento de relações segundo seus interesses e o princípios da economia solidária”Rodolfo Stavenhagem


Comentário: A Economia Solidária no país tem sido capaz de articular e fortalecer um conjunto de práticas econômicas dos diversos segmentos sociais (jovens, mulheres, indígenas..), apostando na autogestão. O resgate das formas de produção tradicionais, são acompanhadas pelo fortalecimento de comunidades que tiveram sua histórica marcada pela opressão do Estado. O etnodesenvolvimento tem apresentado uma nova forma de pensar o desenvolvimento, fundado no território e no acúmulo histórico guardado pelas populações tradicionais.

O Programa Arroz Quilombola, desenvolvido pelo Guayi, é mais uma iniciativa que busca fortalecer a etno-agricultura, combinando resgate cultural e sustentabilidade econômica.

Conheça a Guayi: http://guayi.org.br/

Conheça mais sobre etnodesenvolvimento: http://etnodesenvolvimento.wordpress.com/


Programa do Arroz Quilombola resgata variedade trazida pelos africanos no século XVII

Os africanos não contribuíram apenas com seu trabalho para a cultura agrícola e alimentar brasileira. Eles são responsáveis pela introdução nas Américas de inúmeras plantas como quiabo, inhame, diversas variedades de feijão, café, pimenta-malagueta, palmeira dendê, dentre outras espécies vegetais. Acrescente-se nessa lista o Oryza glaberrima, variedade de arroz desconhecida para muitos, que chegou ao Brasil muito antes da disseminação das plantações do arroz asiático consumido atualmente. Há pesquisadores, inclusive, que afirmam ser o arroz originário do continente africano e daí se espalhando para o mundo.

O Programa Arroz Quilombola – desenvolvido pela Guayí, organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) sediada em Porto Alegre e Caxias do Sul, com apoio da Petrobras – terá lançamento na próxima terça-feira (13), das 9h às 12h, no auditório da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. Na parte da tarde, será realizado um “Dia de Campo” na propriedade do orizicultor ecologista Juarez Pereira no município de Mariana Pimentel, distante 71 km de Porto Alegre. A saída está prevista para às 14h com retorno às 17h. O orizicultor vai colher a segunda safra do Oryza glaberrima em maio e vem comercializando sua produção na Feira Ecológica (rua José Bonifácio) que ocorre nas manhãs de sábado na Capital.

O projeto destinado a resgatar o arroz africano e promover a etno-agricultura teve suas bases lançadas em 2005, quando o egenheiro agrônomo Sebastião Pinheiro trouxe 1,7 kg de sementes do Oryza glaberrima de um quilombo localizado no estado da Paraíba. As sementes foram repassadas para o agricultor Juarez Pereira, parceiro do projeto, que teve a incumbência de multiplicar as sementes e de pesquisar um sistema de cultivo adaptado ao Rio Grande do Sul. Na safra 2005/2006, ele colheu em torno de 800 kg. Na safra 2006/2007 estão sendo multiplicadas as sementes deste arroz nas seguintes comunidades quilombolas gaúchas: São Miguel dos Pretos e Rincão dos Martimianos (Restinga Seca), Casca, Beco dos Colodianos e Teixeiras (Mostardas), e Capororocas (Tavares). A meta para 2007 é atingir dez toneladas do arroz quilombola, destinando 2,5 toneladas para plantio na safra 2007/2008.

Resistência cultural

O plantio do arroz Oryza glaberrima pelos negros começou por volta de 1619, no Maranhão, como cultivo de subsistência. Mais tarde, o governo português opta pela produção comercial do arroz tipo asiático, instituindo inclusive a pena de um ano de prisão e multa para os brancos que plantassem a variedade africana e de dois anos para escravos e índios.
Os quilombolas, no entanto, continuaram a plantar o arroz africano, de cor avermelhada. Eles guardavam consigo as sementes numa atitude de resistência e afirmação de sua cultura. Nos quilombos do Rio Grande do Sul – que hoje somam mais de 120 identificados e reconhecidos, segundo a Federação das Comunidades Quilombolas do RS – é possível encontrar as linhas mestras dessa história do negro no Brasil. Algumas comundiades vêem no cultivo do arroz quilombola uma forma de resgatar seus valores culturais, sua história e suas tradições.Agricultura ecológica

O Programa Arroz Quilombola incentiva a utlização de tecnologias da agricultura ecológica. Assim, o manejo do solo e da água, os insumos agrícolas como as farinhas de rochas, os biofertilizantes e os fosfitos tornam desnecessárias as utilizações dos agrotóxicos e dos adubos químicos sintéticos. O resgate, cultivo e a disseminação do arroz quilombola objetiva promover alternativa de geração de renda nas comunidades de remanescentes de escravos, valorizar a contribuição da cultura negra, oportunizar conhecimentos de práticas de tecnologias ecológicas inovadoras e promover ações de intercâmbio cultural e comercial com consumidores.

O Programa Arroz Quilombola é desenvolvido pelo Núcleo Ecologia e Agriculturas da Guayí, em parceria com a Federação das Comunidades Quilombolas do RS, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mostardas, Núcleo de Economia Alternativa da UFRGS, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Petrobras. A Guayí, palavra que significa “semente” no idioma dos índios Guarani, atua nas áreas de agricultura e ecologia, economia solidária, democracia participativa, direitos humanos e segurança urbana.

Blog Antigo - Juventude Solidária

A mais de quatro anos venho publicando no Blog Juventude Solidária um conjunto de informações, textos e experiências exitosas de uma economia construída e gerida pelas mãos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

No ano de 2010 começarei a construir uma outra ferramenta de divulgação da Economia Solidária através do Blog Economia dos Trabalhadores (as).

Conheça a Blog Antigo: http://juventudesolidaria.blogspot.com/