quinta-feira, 15 de abril de 2010

Catadores podem perder 6 milhões do PAC na cidade de São Paulo

Por falta de terrenos, SP pode perder R$ 6 mi do PAC para coleta seletiva
Segundo cooperativas de catadores de materiais recicláveis, governo federal tem verba para construção de centrais de triagem. Recurso seria perdido caso nenhuma obra seja iniciada até julho
São Paulo - A cidade de São Paulo pode perder R$ 6 milhões destinados à construção de 10 centrais de triagem de materiais recicláveis. A verba faz parte do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) e está alocada desde 2008, aguardando a indicação de terrenos onde poderiam ser construídas. Caso nenhuma obra seja iniciada até 3 de julho, o recurso deve ficar retido.
Na segunda-feira (12), integrantes do Grupo de Trabalho da Coleta Seletiva Solidária da cidade de São Paulo cobraram celeridade da prefeitura da capital. grupos de catadores sugeriram treze áreas para a administração municipal, das quais apenas três enquadram-se nos critérios exigidos pelo Ministério das Cidades, autor do repasse, e outras dez aguardam parecer.
Segundo o site Falapovo, o diretor do Departamento de Limpeza Urbana da capital (Limpurd), Afonso Celso de Moraes, acredita que seja viável iniciar as obras de centrais na Lapa e Ipiranga, onde há terrenos aprovados. Os demais poderiam ser erguidos no segundo semestre.
Para o galpão de triagem, é necessário que o terreno tenha pelo menos 35 metros de frente e 60 metros de fundo, o que equivale a uma área mínima de 2.100 metros quadrados. A localização deve ser mista ou industrial – regiões exclusivamente residenciais são vetadas — e não ter declive acentuado.
No dia 29 de abril ocorre nova reunião do grupo de trabalho, na Câmara Municipal. Os subprefeitos de São Paulo devem apresentar propostas de terrenos onde outras centrais podem ser construídas.
A produção diária de resíduos sólicos na cidade de São Paulo é de 15 mil toneladas. Menos de 1% é recolhida pelo serviço de coleta seletiva da prefeitura, com o apoio das 17 cooperativas legalizadas. Outras 200 associações sem documentação adequada agrupam 10 mil catadores.
Enquanto as cooperativas maiores têm canais diretos de venda para empresas, os catadores individuais e cooperativas menores recorrem a ferros-velhos ou a intermediários para repassar o material. Estima-se em 2.500 toneladas a massa que deixa de ser encaminhada para aterros em função do trabalho dos catadores.

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